Caminhos para o Brasil impulsionar o crescimento do PIB

O Boletim Focus do Banco Central de 03/03/2023, estimou que o crescimento do PIB deste ano será de 0,85%, inflação IPCA 5,90%, taxa de juros SELIC 12,75% e câmbio de R$ 5,25. Este crescimento previsto, somados aos últimos nove anos, coloca o país na situação de década perdida, apresentando ligeira diferença acima do PIB de 2013, descontando-se a inflação .

Diante desta retrospectiva negativa para o produto interno bruto, quais os caminhos que o Brasil deve trilhar para não repetir este triste cenário? Após o mundo sofrer nos últimos três anos com a pandemia do novo coronavírus e, desde o ano passado, com a guerra da Rússia com a Ucrânia.

O mundo pós-pandemia focado na reestruturação econômica e social, definiu quais seus principais desafios para se restabelecer e gerar expansão do produto mundial nos próximos anos. O primeiro é a aceleração do processo de industrialização com sustentabilidade ambiental na necessidade de crescimento e desenvolvimento sustentável devido às mudanças climáticas e catástrofes naturais. A Europa vem sofrendo consequências graves depois das sanções internacionais aos russos durante a invasão na Ucrânia. Vladimir Putin diminuiu drasticamente a exportação de gás e petróleo para a Europa, aumentando a tensão social no velho continente durante o inverno que usa o gás natural no sistema de calefação residencial. Isso suspendeu por ora o uso de energia limpa, devido a alta elevada do preço do gás. Neste sentido, a Europa deve acelerar seu processo de mudança para produção e reservas de energia limpa e redução da emissão de carbono no médio prazo, reduzindo sua dependência de energia russa e não renovável.

Outro ponto de preocupação mundial é a insegurança alimentar, que voltou a crescer desde 2020, com a recessão econômica global produzida pela pandemia e intensificada pelo conflito Rússia e Ucrânia. O número de pessoas que sofrem com insegurança alimentar chegou a 2,3 bilhões em 2021, o que representa quase 30% da população mundial e revela retrocesso na eliminação da fome e desnutrição, segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura). No Brasil a situação também foi agravada com quase 30% da população brasileira vivendo insegurança alimentar moderada ou grave.

O país tem retomado os olhares do mundo na questão ambiental e preservação da floresta amazônica, inclusive a reativação do Fundo Amazônia que traz recurso financeiro para proteção das florestas e outros biomas. Neste sentido, este deve ser um setor muito forte a ser usado para novos investimentos e contribuir para a aceleração do crescimento do PIB.

A produção de energia limpa e renovável tem avançado bastante, energia hidrelétrica responde pela maior parte da geração anual de energia do país com participação acima de 60% da matriz energética nacional (GlobalData). O crescimento de outras fontes renováveis como energia solar e energia eólica tem contribuído para a diversificação da matriz e, consequentemente, equilíbrio ou até redução de preços pelo aumento da oferta. Além destas, temos grande tradição na produção de biomassa no mundo, com a segunda maior capacidade de produção dessa fonte de energia, dela se extrai os biocombustíveis como biodiesel, etanol e metanol, sendo a segunda fonte de energia mais importante para o Brasil. Com essa diversificação e riqueza na matriz energética, além de segurança estratégica em energia, pode-se exportar o excedente para países como Uruguai, Paraguai e Argentina, no caso da elétrica, e combustível fóssil para o mundo todo com relação ao petróleo.

A agricultura brasileira na produção de alimentos tem participação fundamental contra a fome nacional e internacional, somos uns dos maiores produtores do mundo. Pela dotação de fatores como terra, clima tropical e extensão territorial, além de trazer muitos dólares ao país para equilíbrio da balança comercial, é interessante focar no projeto de integração vertical da indústria de transformação de alimentos com geração de valor agregado, emprego e renda. Ampliação da agricultura familiar e orgânica que aumenta a produção de comida disponível para o mercado interno com efeitos positivos na área social e utilização de terras devolutas com destinação para políticas agrícolas e plano nacional de reforma agrária. Por fim, o enfrentamento dos gargalos em infraestrutura, portos, hidrovias, ferrovias, fomento às pequenas e médias empresas, saúde e educação, devem compor o novo plano de desenvolvimento nacional.

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